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Quilombaque comemora sete anos de luta



No último dia 23 de setembro deste ano, a Comunidade Cultural Quilombaque organizou sua festa de aniversário em comemoração ao seu sétimo ano de integração entre movimentos sociais e comunidade. O lema “quebrando correntes e plantando sementes, a nossa vitória não será por acidente!”, não é por menos. Pra começar pelo espaço, o Quilombaque, como é popularmente conhecido, está situado na Travessa Cambaratiba, número 05, Beco da Cultura, bem em frente à estação de trem Perus, (linha 7-Rubi da CPTM). O local, desde o ano passado, se incorporou como intervenção, apesar do espaço ser alugado. A Prefeitura visa por em pratica a construção do “Parque Linear”, o que irá ocasionar, consequentemente, no extermínio de vários núcleos de moradia que se encontram na beira do rio, incluindo o Quilombaque.


Hoje a Comunidade é um dos principais pontos de cultura e resistência de Perus e serve de referência para muitos outros grupos culturais. Seu ideal é o de “promover a produção e a difusão, proporcionando aos moradores, principalmente os jovens, a experimentação, fruição e expressão das diversas e diferentes formas de manifestação artístico-culturais e empoderar o desenvolvimento social, educacional, ambiental e econômico local sustentável”, conforme consta no seu blog.


Oficinas de percussão, danças, circo, marchetaria, libras, redação, teatro, Hip Hop, graffiti, educação ambiental, até mesmo Arte da Paisagem, disciplina do Laboratório de Estudo da USP, ministrada pelo professor Euler. Com a intenção de promover atividades de cinema, teatro, música, debates, exposições de fotografia e artes, esportivas, festa junina, saraus, feiras de artesanatos e participar intensiva e expressiva em atividades sociais, na luta contra o lixão, racismo, no Dia Internacional da Mulher, Dia das crianças, carnaval de rua, em defesa da educação, no Fórum de Desenvolvimento Local, Rede de Movimentos Sociais e Plataforma Urbana (UNICEF), segue firme, encontrando em lideranças de vários jovens que aderiram à proposta e a iniciativa, participando ativamente das atividades e ajudando na sua estruturação.

O palco da Praça Inácio Dias serviu para a realização da festa, que contou com uma agenda muito especial, com atrações diversificadas. O público apreciou música de qualidade com as bandas “O Mandruvá”, “Os Incorretos”, “Guarus”, “Cartel Central” e a cantora Kiara Luna. Também houve apresentação de arte circense, intervenções de literatura e o polêmico graffiti “Maldade Pública”, de Bonga Mac, fazendo alusão a porcos, políticos e os incêndios na favela do Moinho (SP).


Uma ideia na cabeça partiu-se para a iniciativa. A confiança se manteve sobrevindo à capacitação.


Hoje o respeito conquistado por si só não basta, é preciso RESISTIR!


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Tamires Santana

Tamires Santana é um ser vivo, dotado de inteligência e conhecimento (até que se prove o contrário). É pai, mãe e espírito - nem um pouco santo. Estuda, trabalha, busca, anda — principalmente de trem e bicicleta. Chegou a conclusão de que quanto mais se busca, menos se sabe. Gosta de falar sobre arte, cultura, cultura popular, política, economia solidária, design, religião, índio, folclore brasileiro, samba, carnaval, literatura infantil, ciência, criança,
desenho animado, cinema, plantas, minhocas, compostagem e um montão de outras coisa. É adepta da
filosofia de vida "é pra frente que se anda".

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