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Afro Caieiras – 2° Encontro das Religiões de Matrizes Africanas


Realizado neste sábado (25/06), o “Afro Caieiras – 2° Encontro das Religiões de Matrizes Africanas” foi organizado pelo Conselho da Comunidade Negra e Indígena de Caieiras, em parceria com a Secretaria de Ação Cultural, As Águas de São Paulo e lideranças religiosas. A Praça Polo Antônio Siqueira serviu de ponto de encontro para o início da ação.


Em um grande xirê (roda), os praticantes de religiões de matrizes africanas fizeram um cortejo com o afoxé do Pai Ofánirè Ologunede. No trajeto, os participantes saudaram e cantaram para os orixás (divindades), enquanto as Ialorixás (sacerdotisas) borrifavam alfazema pelo caminho.


Vinícius Ciriaco Camargo Ruiz, 23, idealizador da ação, após indicação de Addilson 4P, participou de reuniões do Conselho, apresentou a proposta do evento e montou uma Comissão Religiosa para definir o que seria colocado em prática. “Por ser um movimento deste tipo em Caieiras, para mim foi magnífico. Caieiras é uma cidade fechada e quem é da religião se esconde. Foi um ganho muito grande para as religiões.”, afirma.


No Centro de Esportes Nelson Bonfim houve uma mesa de debates e apresentações artísticas, além de barracas de comidas típicas e artesanatos. Entre os expositores, o dirigente espiritual do Templo de Umbanda Pai Oxalá e Caboclo Sultão das Matas, Wagner dos Santos, 34, morador da Freguesia do Ó, expôs sua arte e elogiou o evento. “A religião está precisando de pessoas que se propõem a pôr a cara. Para mim este evento deu certo. Eu estou [aqui], fazendo pela minha religião e nem se não fosse para expor, eu estaria do mesmo jeito.”, conclui.


A iniciativa é mais um marco para a cidade de Caieiras e reacende o debate: busca pela igualdade e respeito.



PUBLICADO EM JORNAL PRIMEIRA IMPRESSÃO (EDIÇÃO 25/06/16)

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Tamires Santana

Tamires Santana é um ser vivo, dotado de inteligência e conhecimento (até que se prove o contrário). É pai, mãe e espírito - nem um pouco santo. Estuda, trabalha, busca, anda — principalmente de trem e bicicleta. Chegou a conclusão de que quanto mais se busca, menos se sabe. Gosta de falar sobre arte, cultura, cultura popular, política, economia solidária, design, religião, índio, folclore brasileiro, samba, carnaval, literatura infantil, ciência, criança,
desenho animado, cinema, plantas, minhocas, compostagem e um montão de outras coisa. É adepta da
filosofia de vida "é pra frente que se anda".

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